
"... Levantou-se deslizando as mãos pelo vestido preto que lhe acentuava a linha do corpo. Prendeu no vértice do decote uma rosa de seda vermelha. "Qualquer prima-dona de subúrbio se lembraria de usar uma flor dessas..." Sorriu baixando o olhar para o porta-retrato. Laura parecia agora mais distante com sua ajuizada fisionomia de colegial. Com a ponta dos dedos Virgínia acariciou a moldura de couro esverdeado..."
(...)
"...A pior coisa que podia acontecer era exatamente mostrar-se cruel para com as pessoas. E as pessoas morrerem e não se ter tempo para fazer mais nada por elas. "Meu pobre pai, eu te feri tantas vezes, também me feriram outro tanto...."

Lígia Fagundes Telles entrega prêmio para Cristóvão Tezza. Foto: Tiago Queiroz/AE
O escritor Cristóvão Tezza recebeu o troféu de Melhor Livro ("O Filho Eterno") das mãos de Lígia Fagundes Telles. Foto: Tiago Queiroz/AE